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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cruzeiro pelo Alasca


Olá amigos, há alguns meses que não escrevemos… pedimos desculpas, mas estamos de volta para contar de uma viagem maravilhosa que fizemos (um dos motivos do nosso sumiço por aqui): um cruzeiro pelo Alasca!


Nós não sabíamos o quanto é comum este tipo de viagem para americanos e canadenses, conhecemos pessoas no navio que fazem este itinerário todos os anos, incrível, não? Existem diversos navios com distintos itinerários e preços. Nós já tínhamos emitido a passagem para os Estados Unidos por milhas no início do ano, mas não sabíamos a programação, por isso quando decidimos fazer o cruzeiro tivemos que encontrar um que se adequasse a nossa agenda e tempo disponível. Desta forma, optamos pelo Rapdhosy of the Seas, navio da empresa Royal Caribbean que saía de e retornava a Seattle.

No nosso navio o maior público era formado por casais e idosos, um grande e animado grupo que adorava uma dança de salão! Quem curte dançar ao som de música ao vivo aproveitou muito!

Para chegar em Juneau no Alasca navegamos durante duas noites e dois dias. Aproveitamos para relaxar, jogar cartas, ler, sauna, piscina, academia e assistir palestra sobre como os Russos chegaram ao Alasca, a sua compra pelos Estados, economia etc. O centro estético oferece massagem, tratamentos antienvelhecimento, palestras sobre desintoxicação, aulas de yoga, clareamento dental (todos com custo extra), etc.

Parece muito "parado"? Sim, é bem calmo mesmo, mas quando o navio atracou nós partimos para a aventura! Em Juneau, que foi a primeira parada, saímos do navio diretamente para um voo de helicóptero, que nos deixou em uma geleira, onde partimos para um trakking. A maior parte das pessoas escolhe passeios com menos esforço físico, as opções variam desde voo de monomotor até trenó puxado por cachorros, que é um `esporte` muito popular por lá, inclusive é o local onde ocorre aquela corrida tradicional de 1000 milhas pela neve (Iditarod Trail Sled Dog Race).
 Chegada na geleira somente voando.

Material apropriado e alugado - não precisa se preocupar em levar.

O que nós achamos um pouco inconveniente é que não é possível reservar os passeios ao fazer a reserva do navio, tampouco tínhamos ideia dos preços.

No segundo dia de parada, em Skagway, partimos para um trekking de uns 12Km no Tongass National Forest. Outro passeio com poucos inscritos, afinal quem quer caminhar no meio do mato até chegar em uma geleira, usar grampões nos pés, carregar mochila e equipamentos? Nós!! Sabemos que este não é o ideal de viagem da grande maioria, mas para quem gosta de contato com a natureza e explorar novos locais, isso é demais! Adoramos! O grupo era formado por um casal de italianos, três casais americanos, nós e três guias (éramos os únicos do nosso navio, o restante era de outro), novamente um grupo bem reduzido. Neste local o passeio tradicional é o White Pass & Yukon Route, um passeio de trem que sai do nível do mar e sobe para mais de 900 metros em 32 quilômetros, com parada para comer o tradicional salmão do Alasca. Quem foi neste passeio adorou! A pequena cidade oferece lojas para turistas com joalherias, chocolates e souvenires diversos.


O terreno era bem diversificado, nesta parte, por exemplo, a subida era com gelo e pedras soltas!



Grupo do trekking - para este passeio você precisa ter o equipamento.

Após o trekking ainda passeamos pela pequena cidade de Skagway.


Viajamos a noite noite e às 6 da manhã estávamos acordados para ver o fiorde Tracy Arm. O navio não chega a ancorar, mas vai até próximo ao fiorde e faz a volta. Mesmo com a chuva que caía todos os passageiros estavam do lado de fora do navio para ver essa beleza natural. Fiordes não são muito comuns, especialmente no Brasil, por isso fomos dar uma lida no que seria exatamente um fiorde.

Visual do canal que dá acesso ao Fiorde.

Tracy Arm Fjord

Segundo o Wikipedia: “Os fiordes formaram-se, originalmente, devido a ação de imensas placas de gelo chamadas geleiras, ou glaciares, que se movimentam rumo ao mar como se fossem grandes rios congelados. Os fiordes modernos só existem em regiões costeiras montanhosas onde o clima é, ou foi, frio o suficiente para permitir a formação de geleiras abaixo do nível atual do mar. A sua origem remonta a aproximadamente 12 mil anos, quando o mar ocupou os espaços que os glaciares haviam escavado na costa atlântica durante a última Era Glacial. Essas enormes entradas de relevo podem chegar a centenas de quilômetros, da costa para o interior. São circundadas por falésias separadas entre si por poucos quilômetros”.


No dia seguinte paramos em Victoria no Canadá, fomos ao The Buthchart Gardens, um lugar lindíssimo que vale muito a visita! Para dar uma volta geral na cidade, optamos por fazer aquele passeio tradicional de ônibus Hop On Hop Off, que você pode subir e descer no ônibus nas paradas turísticas. Adoramos um restaurante crudívoro, aproveitamos para comer uma salada super enzimática e sucos especiais! Manter uma dieta saudável e orgânica em viagens é sempre difícil, por isso onde encontramos lugares como este temos que aproveitar, né?


Não colocamos todos os detalhes para o post não ficar imenso! Se você tiver alguma dúvida, quiser alguma dica, não hesite em entrar em contato para trocarmos experiências.



Não deixe de visitar o The Buthchart Gardens em Victoria!




Fechamos o post com uma foto de um pôr do sol que assistimos do navio.





Até a próxima aventura!

RR e Lu


domingo, 8 de abril de 2012

São Bento de Sapucaí - Ana Chata


Olá pessoal, hoje vamos mostrar algumas fotos de um local bem próximo a São Paulo: São Bento de Sapucaí. Na verdade escolhemos mostrar neste post a trilha Ana Chata, pois foi a última que fizemos (setembro de 2011). Vamos buscar arquivos mais antigos para mostrar outras opções por lá em próximos posts.
São Bento de Sapucaí é um município localizado a cerca de 120 km de São Paulo, a 500 km do Rio de Janeiro e 595 km de Belo Horizonte (fonte: Google Maps). 

Este mapa facilita a localização. Este mapa pode ser encontrado no site Caminho das Pedras, um bom local para buscar mais informações sobre o local.

A principal atração é a Pedra do Baú e o local oferece trilhas para trekking, escaladas, voo livre e até cavalgadas, basta escolher o programa favorito.



A Trilha Ana Chata requer um pouco de preparo físico, mas é tranquila de fazer e demora cerca de três horas (ida e volta).

Para chegar ao final da trilha é preciso andar entre as rochas:



Entardecer no final da Trilha Ana Chata, visual espetacular:





Que tal conhecer este local nos próximos feriados? 
Site da prefeitura aqui.

Até o próximo post!
Lu & RR

terça-feira, 3 de abril de 2012

Carnaval no Deserto do Jalapão



E aí pessoal, tudo bem?
Hoje vou mostrar a vocês a minha última viagem ao Deserto do Jalapão. Já fui três vezes a este local, sempre com roteiros e atividades diferentes e em todas as vezes fui de carro desde São Paulo. Na última vez (feriado de Carnaval de 2012) fiz a viagem com meu jipe, um JPX modificado.


JPX carregado para a expedição:


O Parque do Jalapão encontra-se no município de Mateiros (Tocantins – Brasil) e possui 150 mil hectares. A vegetação é predominantemente de cerrado ralo e campo limpo com veredas. É um local com ainda natureza virgem, de uma beleza imensurável e uma baixíssima densidade populacional (0,8 hab/km²). Por essas razões não é um lugar que oferece um grande leque de opções de estadia e alimentação… é bem precário apesar de já ter melhorado muito desde que conheci em 2005.
Nesta última ocasião, segui na companhia de uma L200 Savana e uma Hilux desde São Paulo. Em Palmas (TO) encontramos o restante do grupo, 8 valentes jipes Willys, duas Pajeiro, um Troller que foram enviados de cegonha.

Parte da nossa equipe:

De Palmas (18/03/12) partimos rumo a Ponte Alta (cerca de 3 horas de viagem). No dia seguinte é que encaramos o Jalapão e dormimos em um acampamento na sede do Ibama, pois não foi possível acampar no Rio Novo, está proibido. Neste dia curtimos a Cachoeira da Laje e Cachoeira da Velha.


Cachoeira da Laje:




Cachoeira da Velha:


Um dos nossos acampamentos:




No dia 20/02 saímos em direção ao Camping do Vicente, uma aventura com muita areia e temperatura beirando os 40 graus. Tentamos visitar as Dunas do Jalapão, mas isso não foi possível, pois agora o número de visitantes é limitado e nosso grupo ultrapassava o número de pessoas que podiam entrar. Nas outras vezes que fui (2005 e 2010) isso não aconteceu, é bom ver que estão tomando atitudes de preservação.
Após este pequeno contratempo seguimos pela Serra do Espinhaço até o Camping do Vicente.


No meio do caminho encontramos dois ônibus escolares atolados:




Algumas pessoas levaram brinquedos para doar para as crianças do local. Boa ideia!



Comboio de amigos jipeiros:




Acampamos ao lado deste rio no Camping do Vicente:



Trecho de areia entre a Cachoeira da Velha e as Dunas do Jalapão:



No dia seguinte visitamos a maravilhosa Cachoeira da Formiga, lugar formidável onde o fundo é de areia e faz com que se forme uma piscina azul. Visitamos também o Fervedouro, local onde a água “brota” da Terra. Esses dois locais são os pontos imperdíveis do Jalapão. Seguimos até São Felix. Todas essas cidades são um pouco precárias de acomodações e em São Félix tivemos o contratempo ao chegar na pousada reservada e paga com antecedência de não haver lugar para todos.


Fervedouro:


Cachoeira Formiga:


O dia 22/02 foi reservado para efetuar a manutenção nos veículos que seguiriam para a Trilha Galileia. Este trecho é bem difícil, com areia, pedras e rios a atravessar. Acabei preferindo retornar e curtir mais o Jalapão sem a quantidade de turistas que estavam por lá no feriado. Retornei à Cachoeira da Formiga e passamos horas curtindo este paraíso natural.
No dia seguinte fomos às Dunas do Jalapão e quando saímos do parque pegamos uma chuva muito forte no caminho a Natividade da Serra, onde passamos a noite (estrada de Ponta Alta até Natividade da Serra muito ruim). Em Natividade da Serra encontramos uma pousada muito boa (Pousada Santa Helena). No dia seguinte fomos até Alto Paraíso de Goiás… mas este local já merece outro post.

Dunas do Jalapão:






Para quem animar conhecer este local de forma menos radical existem agências de viagem que oferecem pacotes.

Um abraço,
RR


quarta-feira, 21 de março de 2012

Arizona, Estados Unidos

Olá pessoal, tudo bem?

Hoje vamos mostrar um pouco da América do Norte, o Grand Canyon, Lago Page Powell e o Zion Park. Esses são destinos ideais para quem gosta de aventura e foge do tumulto de "turistas enlouquecidos" em Orlando, Miami, Nova York…. Fizemos esta viagem em agosto de 2010, esperamos que curtam a aventura.

O Parque Nacional do Grand Canyon está localizado no estado do Arizona, Estados Unidos. Existem muitas maneiras de chegar até lá, nós escolhemos uma das mais fáceis: entrar nos Estados Unidos por Los Angeles, alugar um carro e seguir via Las Vegas para o Parque Nacional Grand Canyon. De Las Vegas até Tusuyan são cerca de 5 horas de estrada tranquila.

Fizemos toda a viagem sem guia ou agência, escolhemos e agendamos os hotéis pelo site Booking  e foi tudo ótimo.

O Grand Canyon não necessita de muitas apresentações, acreditamos que todos já ouviram falar do local e vale a pena uma visita até lá, uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo (segundo lista da CNN junto com Cataratas do Iguaçu, Grande Barreira de Coral, Monte Everest, Aurora Boreal, Vulcaão Paricutín e Cataratas Vitória).

O canyon chega a medir 1600 metros de profundidade e a largura varia entre 6 e 29Km. Segundo os geólogos, 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio Colorado e seus afluentes, que moldaram o local ao longo de milhares de anos.

O passeio mais recomendado, sem sombra de dúvidas é o voo de helicóptero. O preço é um pouco caro, mas reserve um dinheiro para isso, pois somente sobrevoando o local é possível ter uma ideia da real beleza e imensidão. O chato do passeio é que a poltrona onde cada um fica dentro do helicóptero é definido pelo peso das pessoas e nem todos os locais possuem a mesma visão, alguns são bem prejudicados e mesmo casais podem ficar separados.

Helicópteros que realizam o passeio:

Vistas aéreas:


(Nota: temos muitas fotos, mas acreditamos que com essas vocês já podem ter uma ideia do local)


Os Estados Unidos possuem um site oficial dos seus parques nacionais (aqui), você pode buscar todas as informações necessárias para conhecer o local e os outros parques. O parque do Grand Canyon é muito extenso e para conhecer tudo, tudo mesmo (o que não fizemos) demoraria pelo menos uma semana. Fomos na parte do Sul (South Rim), que está aberta o ano todo. Atenção, pois a porção Norte fecha em algumas partes do ano.

Um pouco de descanso:


Seguimos para o Parque Nacional Zion, mas no caminho paramos no Page Canyon (saiba mais aqui). Antes de começarmos a pesquisar o que havia nos arredores do Grand Canyon, nunca tínhamos ouvido falar deste local e ficamos realmente impressionados com a beleza natural. Fizemos um passeio pelo Lago Page Powell e pudemos apreciar, além da natureza, famílias em férias em botes-casa. Adoramos a ideia, ainda mais para quem tem filhos pequenos (o que não é o nosso caso). As crianças precisam mais desta integração com a natureza do que passeios pelos movimentos shopings das metrópoles... 
Passeio de barco pelo lago Page Powell:



Casas-bote para alugar:

Quem sabe um passeio de caiaque?


Há muitas atividades, trekking, botes, caiaques e até balonismo. Um ótimo destino para quem busca fugir dos locais óbvios lotados de turistas e entrar no clima de férias. Não encontramos nenhum brasileiro mas existem bons restaurantes e hotéis, voltados especialmente para o turismo interno e europeu. Para ir nesse local e no Zion Park recomenda-se falar inglês, pois não é como Los Angeles, Miami, Orlando, etc., onde sempre tem alguém que fala espanhol, portunhol ou mesmo português.
Do Lago Page Powell seguimos até o Zion Park (saiba mais aqui), onde fizemos alguns trekkings e vimos como o sistema americano de parques nacionais tem muito a ensinar aos parques brasileiros. Existe transporte gratuito entre os hotéis e o parque, com parada em vários pontos, possibilitando que você desça mais próximo da trilha que deseja fazer. A cidadezinha é pequena, mas possui algumas opções de hotel, (ficamos neste daqui) lojas e restaurantes e você pode se locomover pela avenida principal com o ônibus do parque, sem custo.



Existem várias trilhas com diferentes graus de dificuldade (veja o guia do parque neste link (não tem guia em português) e o parque oferece banheiros e uma grande lanchonete. Curtimos as trilhas e o local por dois dias, o que foi pouco, ficamos com vontade de ficar mais alguns dias para explorar melhor o local. Esperamos que as fotos possibilitem vocês terem uma ideia da beleza do local.

Rodrigo com vontade de escalar essas rochas:

Trilha Angel´s Landing: a subida é forte mas o visual compensa!


Pessoas de todas as idades se aventuram:



Quem sabe uma trilha por dentro do rio? Mas atenção: a água é bem gelada!





Opções de trilhas nãp faltam, o difícil é escolher o que que fazer para aproveitar ao máximo a viagem. Alguém já esteve em algum desses locais? Deixe suas dicas!
Não deixe de levar roupas e botas apropriadas para trekking, se esquecer de algo, pode comprar por lá, afinal, os preços são bem tentadores ao comparar com o Brasil.
Até o próximo post,
Lu & RR