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quarta-feira, 21 de março de 2012

Arizona, Estados Unidos

Olá pessoal, tudo bem?

Hoje vamos mostrar um pouco da América do Norte, o Grand Canyon, Lago Page Powell e o Zion Park. Esses são destinos ideais para quem gosta de aventura e foge do tumulto de "turistas enlouquecidos" em Orlando, Miami, Nova York…. Fizemos esta viagem em agosto de 2010, esperamos que curtam a aventura.

O Parque Nacional do Grand Canyon está localizado no estado do Arizona, Estados Unidos. Existem muitas maneiras de chegar até lá, nós escolhemos uma das mais fáceis: entrar nos Estados Unidos por Los Angeles, alugar um carro e seguir via Las Vegas para o Parque Nacional Grand Canyon. De Las Vegas até Tusuyan são cerca de 5 horas de estrada tranquila.

Fizemos toda a viagem sem guia ou agência, escolhemos e agendamos os hotéis pelo site Booking  e foi tudo ótimo.

O Grand Canyon não necessita de muitas apresentações, acreditamos que todos já ouviram falar do local e vale a pena uma visita até lá, uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo (segundo lista da CNN junto com Cataratas do Iguaçu, Grande Barreira de Coral, Monte Everest, Aurora Boreal, Vulcaão Paricutín e Cataratas Vitória).

O canyon chega a medir 1600 metros de profundidade e a largura varia entre 6 e 29Km. Segundo os geólogos, 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio Colorado e seus afluentes, que moldaram o local ao longo de milhares de anos.

O passeio mais recomendado, sem sombra de dúvidas é o voo de helicóptero. O preço é um pouco caro, mas reserve um dinheiro para isso, pois somente sobrevoando o local é possível ter uma ideia da real beleza e imensidão. O chato do passeio é que a poltrona onde cada um fica dentro do helicóptero é definido pelo peso das pessoas e nem todos os locais possuem a mesma visão, alguns são bem prejudicados e mesmo casais podem ficar separados.

Helicópteros que realizam o passeio:

Vistas aéreas:


(Nota: temos muitas fotos, mas acreditamos que com essas vocês já podem ter uma ideia do local)


Os Estados Unidos possuem um site oficial dos seus parques nacionais (aqui), você pode buscar todas as informações necessárias para conhecer o local e os outros parques. O parque do Grand Canyon é muito extenso e para conhecer tudo, tudo mesmo (o que não fizemos) demoraria pelo menos uma semana. Fomos na parte do Sul (South Rim), que está aberta o ano todo. Atenção, pois a porção Norte fecha em algumas partes do ano.

Um pouco de descanso:


Seguimos para o Parque Nacional Zion, mas no caminho paramos no Page Canyon (saiba mais aqui). Antes de começarmos a pesquisar o que havia nos arredores do Grand Canyon, nunca tínhamos ouvido falar deste local e ficamos realmente impressionados com a beleza natural. Fizemos um passeio pelo Lago Page Powell e pudemos apreciar, além da natureza, famílias em férias em botes-casa. Adoramos a ideia, ainda mais para quem tem filhos pequenos (o que não é o nosso caso). As crianças precisam mais desta integração com a natureza do que passeios pelos movimentos shopings das metrópoles... 
Passeio de barco pelo lago Page Powell:



Casas-bote para alugar:

Quem sabe um passeio de caiaque?


Há muitas atividades, trekking, botes, caiaques e até balonismo. Um ótimo destino para quem busca fugir dos locais óbvios lotados de turistas e entrar no clima de férias. Não encontramos nenhum brasileiro mas existem bons restaurantes e hotéis, voltados especialmente para o turismo interno e europeu. Para ir nesse local e no Zion Park recomenda-se falar inglês, pois não é como Los Angeles, Miami, Orlando, etc., onde sempre tem alguém que fala espanhol, portunhol ou mesmo português.
Do Lago Page Powell seguimos até o Zion Park (saiba mais aqui), onde fizemos alguns trekkings e vimos como o sistema americano de parques nacionais tem muito a ensinar aos parques brasileiros. Existe transporte gratuito entre os hotéis e o parque, com parada em vários pontos, possibilitando que você desça mais próximo da trilha que deseja fazer. A cidadezinha é pequena, mas possui algumas opções de hotel, (ficamos neste daqui) lojas e restaurantes e você pode se locomover pela avenida principal com o ônibus do parque, sem custo.



Existem várias trilhas com diferentes graus de dificuldade (veja o guia do parque neste link (não tem guia em português) e o parque oferece banheiros e uma grande lanchonete. Curtimos as trilhas e o local por dois dias, o que foi pouco, ficamos com vontade de ficar mais alguns dias para explorar melhor o local. Esperamos que as fotos possibilitem vocês terem uma ideia da beleza do local.

Rodrigo com vontade de escalar essas rochas:

Trilha Angel´s Landing: a subida é forte mas o visual compensa!


Pessoas de todas as idades se aventuram:



Quem sabe uma trilha por dentro do rio? Mas atenção: a água é bem gelada!





Opções de trilhas nãp faltam, o difícil é escolher o que que fazer para aproveitar ao máximo a viagem. Alguém já esteve em algum desses locais? Deixe suas dicas!
Não deixe de levar roupas e botas apropriadas para trekking, se esquecer de algo, pode comprar por lá, afinal, os preços são bem tentadores ao comparar com o Brasil.
Até o próximo post,
Lu & RR






quinta-feira, 15 de março de 2012

Torres del Paine - Paraíso do Trekking


E aí pessoal, tudo bem?
Vamos inaugurar este blog com um dos lugares mais legais que já fomos e sem sombra de dúvidas, um paraíso para quem curte trekking: Parque Nacional Torres del Paine.

O parque está localizado a pouco mais de 100Km de Puerto Natales e 312Km de Punta Arenas, no Chile.
Não sabemos os voos que estão operando atualmente essas rotas, mas na época (2010) as opções para chegar eram Santiago – Punta Arenas ou Buenos Aires – Puerto Natales. Optamos  pelo segundo.

Vamos especificar dia a dia como dividimos a nossa viagem e o que teríamos feito diferente.

1º dia:  Voo São Paulo – Buenos Aires
2º dia: Voo Buenos Aires – El Calafate. Aproveitamos para conhecer um pouco El Calafate e fazer um passeio com uma van 4X4.

3º dia: EL Calafate – Puerto Natales, fizemos o trajeto de van e ficamos no Hotel Índigo. Este hotel é um SPA, muito aconselhado para ficar depois das caminhadas no parque para relaxar, mas é um pouco caro. Existem opções bem mais em conta.

4º dia: Puerto Natales – Parque Torres del Paine (115 Km realizamos de van, mas há ônibus disponível). Escolhemos realizar o Circuito W e contratamos carregadores e uma guia, pois nosso grupo era formado por dois casais e apenas um com experiência nesse tipo de aventura. Muitas pessoas não contratam carregadores e seguem tranquilos, mas preferimos ter esta despesa extra e deixar as meninas com menos peso nas mochilas.
O circuito completo no parque leva 10 dias (cerca de 90 quilômetros), queremos voltar para realizá-lo. O circuito W é realizado em cerca de 4 dias e tem uma distância menor. Não sabemos dizer a distância correta, nós fizemos uns 60Km mas acho que é mais do que isso o Circuito W completo. Nos mapas que compramos não há quilometragem, apenas o tempo que demora entre um local e outro.

Assim que chegamos ao parque paramos no hotel (Las Torres) para largar o equipamento e sair para a primeira caminhada do dia rumo às três famosas torres de granito. São cerca de 20Km de caminhada (ida e volta) desde o hotel. Existe dois alojamentos para quem quiser ficar por este caminho (Acampamento Chileno e o Acampamento Francês). Paramos no refúgio chileno para fazer um lanche e seguir caminhando. Muitos levam a comida, principalmente quem acampa deve se preocupar bastante com isso. Como contratamos um pacote, a comida estava incluída. A comida não é muito boa e relativamente cara, mas é um peso a menos a ser carregado. 

A paisagem da caminhada é fantástica e indescritível, mas o vento pode ser muito forte! Para chegar nas famosas torres de granito deve-se percorrer uma subida bem íngreme, por isso recomendamos que inicie a caminhada cedo (o que não fizemos e lamentamos) para poder curtir e descansar um pouco antes de retornar. Acabamos ficando pouco tempo lá em cima, pois o jantar no hotel é servido até as 20hs e tínhamos que retornar os 10Km…


Ao clicar na foto conseguirá vê-la em tamanho grande.

Trânsito de turistas no início da caminhada:


Chegando ao mirador das Três Torres. Uma lástima que o tempo estava fechado... Atente-se ao terreno de pedras, super cansativo para subir!






Termos optado por sair de Puerto Natales cedo e no mesmo dia iniciar o Circuito W foi um erro, por isso recomendamos que chegue no parque no dia anterior ao início da aventura, ou inicie a caminhada pelo Glaciar Grey e deixe as torres para o último dia. Queremos retornar ao local e com certeza faremos assim.

Mapa marcando o circuito completo e o W:


5º dia: No segundo dia saímos do hotel Las Torres e seguimos até o Albergue Los Cuernos. Para quem fica nos albergues é possível jantar no local. Não sei se quem está acampado pode jantar dentro dos albergues, mas acredito que sim. A comida é simples, mas satisfatória. Não muitas opções e para quem é vegetariano é ruim (por exemplo, arroz branco e tomate apenas). É melhor não ter "frescura" com comida ou levar sua comida. O quarto é compartilhado, ficamos em um quarto com cerca de 10 pessoas no total. Por isso, é bom chegar cedo no acampamento, principalmente se você estiver em um grupo e quer que todos fiquem reunidos. Muitas pessoas acampam, mas é um peso a mais a ser carregado.

Paisagens maravilhosas durante o trajeto:







6º dia: Los Cuernos – Lodge Paine Grande, nesse dia choveu desde cedo e as roupas impermeáveis (e as capas de chuvas) mostraram seu valor. Mesmo assim, após horas de caminhado sob a chuva, as botas não aguentaram e os pés ficaram molhados. Mas a paisagem merece! Este alojamento (Lodge Paine Grande) é o com melhor estrutura que ficamos, mesmo assim os quartos são compartilhados (6 pessoas no nosso quarto), mas há mais opção de alimentação e os banheiros são melhores.




 Este refúgio (Lodge Paine Grande) é muito bom. Abaixo o pessoal que acampa.



7º dia: Lodge Paine Grande – Refúgio Grey, nesse dia de caminhada chega-se ao  acampamento de onde é possível avistar o Glacial Grey. Durante muito tempo da caminhada vamos vendo aqueles pedaços de gelo que se desprendem do glacial e seguem pela água. A imagem é impressionante.


Pedaços da geleira sobre a água:







8º dia: De lancha, saímos do albergue e fomos até o Glacial Grey para fazer um trekking sobre o gelo. Usando material específico (grampões) fizemos um dos passeios mais impressionantes que um indivíduo pode fazer. Esperamos que as fotos falem por si. Após o trekking, de lancha com todas as nossas mochilas e equipamentos terminamos o nosso passeio. 







Dentro de uma fenda no Glaciar Grey:







Ficamos mais uma vez hospedados no hotel Índigo e agora sim ele foi superimportante! Conseguimos relaxar na sauna, piscina aquecida externa e desfrutar a boa gastronomia que eles possuem. Muito indicado!
Seguimos a viagem para Ushuaia, mas isso contaremos em outro post, ok?

Descanso merecido no Hotel Índigo:





Mais informações importantes para quem quiser se aventurar por uma viagem para este local:
O site oficial do parque é: http://www.torresdelpaine.com/. O site é muito completo (apenas inglês e espanhol) e informa sobre os alojamentos, circuitos de trekking, transporte e indicação de agências que podem auxiliar quem quer conhecer esse paraísodo trekking.
Encontramos apenas um casal de brasileiros o restante dos turistas é europeu e americano.

Fomos em janeiro (verão) e não passamos frio, mas o vento é forte e necessita usar roupa especial. No meio do ano o frio é intenso, mas o guia nos disse que quase não há vento.

Material necessário para levar:

- Roupas especiais: calça e jaqueta impermeáveis e roupas (1ª e 2ª peles/camadas de secagem rápida), capa de chuva.
- Levar medicamentos, além do que a pessoa toma com regularidade, é bom levar para dores musculares e anti-inflamatório (em caso que machuque algo, converse com algum médico de confiança que poderá lhe indicar), pomadas para dores musculares também podem ser úteis, em especial para quem não está acostumado com este tipo de aventura e pode ficar dolorido e atrapalhar a viagem. Aqueles produtos para bolhas nos pés também podem ser úteis (tipo um bandaid de um material gelatinoso para proteção).
- Mapa você pode adquirir na entrada do parque.
- Mochila grande (75 ou 90 litros). Se você contratar carregador, esta mochila segue com ele e você deve ter uma menor para levar seus equipamentos.
- Bastões de caminhada (são muito úteis).
- Bota de montanha semirrígida e impermeável. O terreno é irregular, recomenda-se o uso de botas que protejam os tornozelos para minimizar o risco de machucados.
- Touca ou faixa para a cabeça.
- Protetor solar, protetor labial e produtos de higiene. Leve embalagens pequenas por causa do peso, ou em caso de um grupo,  não levem todos tudo, se dividam e poupem peso, na hora que estamos cansados qualquer peso extra faz diferença.
- Canivete completo pode ser útil.
- E claro, não pode esquecer equipamento fotográfico! Baterias extras, carregador etc. Pois local para fotografar não vai faltar!

E boa viagem!

Sites que podem ser úteis:

Temos muito material de fotos e vídeos, conforme conseguirmos separar vamos atualizando o post.

Sintam-se a vontade para comentar e questionar, o que soubermos responderemos assim que possível.

Um abraço,
Lu & RR